A companhia aéreaAzulconfirmou hoje, (14/02), a aquisição de mais 10 jatos “Embraer 195” para serem utilizados a partir de 2015. O acordo eleva o total de aeronaves contratadas para 62 (57 E-195 e cinco E-190), dos quais 33 já estão em operação, juntamente com outros cinco E-190 adquiridos pela Azul de outras empresas.
O valor total do negócio, a preço de lista, é de USD 478 milhões de dólares. Os novos E195 serão configurados com 118 assentos em classe única e apoiarão o futuro crescimento da Azul, que em pouco mais de três anos de operação, transportou 15 milhões de pessoas.
O Presidente e fundador do Conselho administrativo da Azul, David Neeleman, destaca que essa nova compra reforça o vínculo da companhia com a fabricante, uma vez que se refere a um plano de expansão de frota para 2015. “Este pedido enfatiza nossa crença de que os E-Jets são os aviões certos para o desenvolvimento das operações da Azul no Brasil para os próximos anos. Esta capacidade adicional nos ajudará em nosso crescimento e em nossa missão de trazer segurança, conforto e transporte aéreo acessível para o País”, completa o administrador.
Já o Presidente da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, afirma que a Azul apresentou um crescimento extraordinário, desde que iniciou suas operações, no fim de 2008, tendo os E-Jets da Embraer como base da frota. “Explorando rotas de média e baixa densidade que até então estavam desatendidas, a Azul criou e consolidou um novo modelo de negócio na aviação brasileira, trazendo serviços de altíssima qualidade para pessoas que, em muitos casos, estão voando pela primeira vez”, finaliza o executivo.
A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que cancelará o contrato de 355 milhões de dólares com a Embraer para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, citando “problemas com a documentação”. O negócio, que deve ser interrompido, seria o primeiro contrato da fabricante brasileira com a Defesa americana.
Foto: Divulgação/Embraer
De acordo com a Força Aérea, a licitação, que havia sido contestada na Justiça do país pela americana Hawker Beechcraft, será refeita. A fabricante dos EUA entrou com ação judicial em janeiro após sua aeronave, a AT-6, ser excluída da competição. Com a disputa judicial, o processo de aquisição havia sido suspenso.
“Apesar de buscarmos a perfeição, nem sempre atingimos nosso objetivo. Por isso, temos de adotar medidas de correção”, disse o secretário da Força Aérea, Michael Donley, em comunicado. “Uma vez que a compra ainda está em litígio, somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor.” Sem entrar em detalhes, o porta-voz do órgão afirmou que o comandante da área de materiais da Força Aérea dos Estados Unidos, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre o caso.
O contrato, anunciado no final de 2011, provocou resistências nos Estado Unidos, principalmente no estado do Kansas, onde fica a sede da Hawker. Congressistas da região cogitaram entrar com um pedido de investigação internacional para apurar eventual subsídio do Brasil à Embraer. A avaliação dos americanos é que um contrato deste porte, em um setor tão sensível e num momento de crise econômica no país, não poderia ficar com uma companhia estrangeira. (…)
Embraer contesta
A fabricante de aeronaves Embraer divulgou nesta terça-feira nota em que rebate os argumentos da Força Aérea americana que fundamentaram a decisão de cancelar um contrato de 355 milhões de dólares para aquisição de 20 aviões Super Tucano. A companhia brasileira lamentou a decisão e disse que não desistirá do negócio. “A Embraer permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos Estados Unidos e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto para (…) decidir os próximos passos”, afirma no documento.
De acordo com a Força Aérea americana, a licitação foi cancelada por insatisfação com a “qualidade da documentação que definiu o vencedor”. . A Embraer contesta a justificativa apresentada. Diz que participou - junto com sua parceira nos Estados Unidos, a Sierra Nevada Corporation (SNC) - do processo de seleção para o projeto Light Air Support (LAS) disponibilizando, sem exceção e no prazo acordado, toda a documentação requerida. A licitação será refeita.
Foto: Divulgação/Embraer
O processo já se encontrava suspenso porque a fabricante Hawker Beechcraft, baseada no estado do Kansas, havia entrado com ação na Justiça do país, em janeiro, após sua aeronave, a AT-6, ser excluída da competição vencida pela Embraer.
A companhia brasileira garante que a decisão a favor do Super Tucano, divulgada em 30 de dezembro, foi uma escolha pelo melhor produto. O desempenho da aeronave, segundo a Embraer, foi atestado e mostrou-se capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pela Força Aérea dos Estados Unidos.
Cerca de 55 unidades do 787
Dreamliner podem ter uma falha recentemente descoberta na fuselagem, afirmou a
Boeing nesta quarta-feira, reiterando, no entanto, que o primeiro avião de
compósito de carbono do mundo é seguro.
A
fabricante tinha anunciado no começo deste mês sinais de
"delaminação" em uma estrutura de suporte na fuselagem traseira, o
mais recente da série de problemas no desenvolvimento do revolucionário avião.
A
Boeing está examinando os Dreamliners já montados para saber se apresentam
sinais similares de estresse, que creditou a uma falha no processo de
construção.
"Todos
os aviões que foram construídos até o de número 55 têm potencial para essa
questão", disse o presidente-executivo da Boeing Commercial Airplanes,
James Albaugh, durante coletiva em Cingapura. Albaugh disse que o problema pode
ser reparado.
"Estamos
no processo de reparar os aviões que estão no fluxo (de produção)", disse.
"Não há problemas com segurança ou voo nos aviões que já entregamos",
acrescentou.
Apesar
de componentes de compósito de carbono já existirem há anos, o 787 é o primeiro
avião comercial construído principalmente com esses novos materiais, que
reduzem o peso da aeronave e ajudam as companhias aéreas a economizarem
combustível.
Albaugh
afirmou que as inspeções podem afetar a entrega dos aviões a curto prazo, mas a
companhia ainda espera atingir a meta para este ano. Os primeiros seis modelos
produzidos são geralmente para testes.
Analistas
disseram que a descoberta da falha cerca de nove semanas após a aeronave ter
entrado em operação aumentou as dúvidas sobre se a Boeing é capaz de aumentar a
prod
ução para dez aviões por mês
até o fim de 2013, das atuais 2,5 aeronaves.
A
Boeing até agora entregou cinco desses aviões para a japonesa All Nippon
Airways, que começou a usá-los em 1o de dezembro. Por causa de problemas na
produção, isso aconteceu três anos depois do planejado.
ANA 787 JA801A first flight from Paine Field September 1, 2011.
A
Japan Airlines já disse que não mais espera receber seu primeiro Dreamliner até
o fim de fevereiro, por causa dos imprevistos na linha de montagem.
O
problema com o 787 acontece enquanto a Airbus investiga a causa de rachaduras
nas asas do superjumbo A380. A empresa europeia também afirma que seu avião é
seguro.
A
Boeing decidirá até o fim deste ano se irá adiante com os planos de produzir
uma versão maior do 787 Dreamliner, disse Albaugh.
A
maior parte dos analistas de aviação esperam que a Boeing prossiga com os
planos de fazer o 787-10, para cerca de 320 pessoas, 40 a mais que a versão
mais longa atual do jato, o 787-9.
ANA 787 JA801A takeoff from Paine Field September 7, 2011.