sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MINISTÉRIO PÚBLICO PODE INTERVIR EM DEMISSÕES NA WEBJET

 
O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, afirmou nesta sexta-feira que o Ministério Público do Trabalho (MPT) estuda a possibilidade de intervir no caso das cerca de 850 demissões anunciadas pela Webjet e pela Gol, controladora da empresa.

"O Tribunal Superior do Trabalho, no caso das 4 mil demissões da Embraer, deixou o indicativo de que demissões em massa não podem ser unilaterais, exigindo prévia negociação coletiva trabalhista", disse em nota. A companhia aérea anunciou nesta sexta-feira que vai encerrar as atividades da Webjet.

Segundo o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, nenhum passageiro da Webjet será afetado pela decisão e todos os voos da empresa já foram transferidos para aviões da Gol. A empresa passa, portanto, a ser responsável por todos os serviços de transporte aéreo e assistência aos passageiros da Webjet, comprada pela Gol em agosto do ano passado.

Ao todo, a Webjet tinha 1 500 funcionários. Segundo Kakinoff, 450 profissionais foram absorvidos pela Gol. Entre 150 e 200 empregados estão em fase de pré-aposentadoria ou licenças. Há ainda trabalhadores que ficarão responsáveis pelas ações administrativas para o encerramento da Webjet e da transferência operacional da Gol. No fim do ano, a empresa da família Constantino ficará com pouco mais de 15 mil funcionários, ante 20 mil do fim de 2011, disse seu presidente.

Reação – O Sindicato Nacional dos Aeronautas convocou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira em sua subsede em frente ao Aeroporto de Congonhas. Segundo o sindicato, há um "duopólio TAM e Gol, que prejudica trabalhadores e passageiros, levando ao aumento do valor das passagens e à piora dos serviços prestados pelas empresas aéreas."

"A direção do sindicato está surpresa com o anúncio das demissões em massa, pois em contatos com a Gol, nas últimas semanas, a direção da empresa falou que só realizaria demissões em último caso. A entidade já está em contato com o Ministério do Trabalho, pedindo providências.
 
Fonte: VEJA

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